O principal objetivo da Análise Transacional é estudar e analisar o relacionamento, sentimento e comportamento das pessoas em relação as outras, ou seja, seus envolvimentos interpessoais.
Essa é uma das estratégias mais eficientes na busca pelo autoconhecimento e também pelo entendimento que temos sobre os nossos relacionamentos dentro do contexto organizacional.
No entanto, muito do que aprendemos sobre nós mesmos dentro de uma empresa pode ser utilizado para relações fora do ambiente de trabalho. Estabelecer esse conhecimento próprio define se iremos ter conexões positivas e duradouras com nossos colegas de trabalho, amigos e familiares.
Pode parecer uma conversa para boi dormir, mas o autoconhecimento é extremamente importante. Vamos lá: você sabe quais são suas qualidades? E os seus defeitos? Não acha que se soubesse poderia melhorar seus pontos positivos e diminuir suas falhas?
Pois é, é isso que a Análise Transacional quer te mostrar, que você pode ser uma versão melhor de si mesmo apenas por prestar um pouco mais de atenção nas suas atitudes e assim descobrir como melhorá-las.
Quer entender um pouco mais sobre essa técnica e descobrir como utilizá-la no dia a dia? Então, e só ler o conteúdo até o final.
Qual a história da Análise Transacional?
Criada no ano de 1956 pelo médico e psiquiatra Eric Berne, a Análise Transacional ganhou esse nome porque o estudioso se baseou nas transações que envolvem os seres humanos. Os estímulos e respostas gerados nos relacionamentos definem uma transação.
Além disso, Eric considerava que todos nós nascemos com o potencial para ser feliz, ter sucesso e manter relacionamentos de qualidade. Porém, conforme criamos laços com outras pessoas, nós temos a necessidade de corresponder as expectativas delas.
Dessa maneira, nós acabamos por escapar do nosso caminho natural, que apesar de também ser determinado pelos outros, deve ser escolhido único e exclusivamente por nós.
A ideia principal é promover mudanças significativas no ser humano. Por isso, a Análise Transacional também é vista como uma filosofia de vida, já que ao seguirmos seus conceitos permaneceríamos em um constante estado de evolução.
O que é Análise Transacional?
Também conhecida pela sua abreviação (AT), a Análise Transacional pode ser considerada como a teoria da personalidade e uma psicoterapia sistemática. O intuito da técnica é que as pessoas se conheçam mais profundamente para que assim consigam evoluir em suas relações interpessoais.
Esse método é muito eficiente para entender melhor as ações e sentimentos do ser humano. Ao compreender como as pessoas funcionam, é possível agir nas inconformidades para tornar o sujeito mais assertivo em suas decisões.
Para que isso seja possível são utilizadas ferramentas que farão com que as pessoas entendam melhor os seus sentimentos e atitudes. Dessa maneira, elas conseguirão não só se conhecer melhor, mas também os outros.
A equação de uma relação envolve duas pessoas, por isso não basta nos conhecermos melhor, é preciso captar os movimentos do outro também. Assim, os vínculos que iremos construir serão duradouros e verdadeiros.
É nesse momento que conseguimos entender como implantar a AT dentro de uma empresa pode ser positivo. Melhorar o convívio entre os colaboradores irá fazer com que eles se ajudem em prol de objetivos pessoais e da saúde organizacional.
Veja como funciona a aplicação da Análise Transacional
A forma como a teoria funciona é mais simples do que parece. Ela busca recuperar as capacidades que são inatas ao ser humano, mas que por algum motivo foram perdidas ao longo da vida (principalmente na infância).
As crianças são o exemplo perfeito para você compreender sobre o que estamos falando. Elas são seres puros e sem maldade nenhuma. É difícil vermos os pequenos julgando ou apontado o dedo para algum colega.
No entanto, as crianças perdem sua natureza quando entram em contato com os pensamentos dos adultos. Assim, elas passam a precisar corresponder aquilo que a sociedade espera delas.
E para saber exatamente onde e quando as capacidades foram perdidas são utilizados os Estados de Ego, aliados ao histórico pessoal da pessoa e o seu comportamento.
Os Estados de Ego constituem os sentimentos de cada pessoa e como eles funcionam. Eles são divididos em três partes:
Estado de Ego Pai
Quando a pessoa assume o Estado de Ego Pai, espera-se que o receptor da sua mensagem esteja no Estado de Ego Criança. Isso acontece porque durante a comunicação é necessário que alguém domine e que o outro seja submisso.
Esse estado representa a influência que recebemos dos nossos pais, avós, professores, em todos os hábitos e costumes que apreendemos durante a nossa infância.
O Estado de Ego Pai equivale a parte do nosso cérebro em que estão guardadas as condutas, valores e comportamentos que devemos ter e tomar diante às situações da vida.
Dessa maneira, a participação que os nossos tutores tiveram sobre a gente irá influir diretamente nas ações que iremos tomar.
Estado de Ego Criança
Quando falamos no Estado de Ego Criança, pressupõe-se que nesse momento o sujeito seja o submisso na relação. Já o receptor terá que assumir o Estado de Ego Pai para tomar as rédeas da situação.
Por isso, podemos dizer que essa é a parte infantil da nossa personalidade. Aqui estão armazenados grande parte dos nossos sentimentos, como:
- Amor;
- Felicidade;
- Entusiasmo;
- Alegria;
- Tristeza;
- Angústia;
- Frustração.
Entre outros. É por meio dessa parte do ego que sentimos as nossas emoções, independente se elas são positivas ou não.
Estado de Ego Adulto
Algo que não existia nas duas outras partes era a reciprocidade. Não existe uma igualdade das pessoas quando uma está em seu Estado de Ego Criança e a outra no Estado de Ego Pai.
Isso só acontece quando atingimos o Estado de Ego Adulto em que a comunicação é nivelada e as duas pessoas estabelecem uma relação de iguais durante a comunicação.
Por isso, é essa parte da nossa personalidade que fica responsável por analisar e tomar as atitudes. Assim, conseguiremos nos basear nas nossas noções de bom e mal, certo e errado para então definir qual atitude devemos tomar.
Quando estamos em nosso ambiente de trabalho é o Estado de Ego Adulto que deve sempre falar mais alto. Não devemos nos exaltar e tentar impor o que pensamos e nem precisamos nos submeter a fazer algo que não concordamos. O diálogo sempre deve ser o caminho a ser escolhido, mas um diálogo nivelado, com as pessoas sempre em posição de igualdade.
Quais os benefícios em aplicar a Análise Transacional?
O constante estado de evolução que entramos quando aplicamos o conceito da Análise Transacional tanto no trabalho, quanto na vida pessoal também tem muito a ver com a identificação dos erros que cometemos. Por isso, além de tentar perceber o que temos acertado, é preciso ter em mente que é sempre relevante colocarmos as falhas em pauta.
Os erros, as falhas e os escorregões são constantes no nosso dia a dia. Não existe uma pessoa na face da terra que seja perfeita e que acerta todas as suas tentativas.
A partir do momento que você entender que os erros fazem parte do cotidiano, você vai passar a perceber que precisa aprender com eles e não se consumir em uma tentativa infinita de sempre acertar.
Assim, será possível aproveitar todos os benefícios que a AT tem a oferecer. Dentre algumas vantagens, podemos listar as seguintes:
- Comunicação assertiva;
- Desenvolvimento das características de um líder organizacional;
- Melhora em comportamentos nocivos;
- Eliminação de barreiras que limitam a evolução;
- Melhor compreensão das emoções;
- Autoconhecimento e autodesenvolvimento contínuo;
- Construção de um caráter proativo;
- Desenvolvimento da personalidade;
- Melhor compreensão dos traumas;
- Controle pessoal;
- Melhor aceitação pessoal e dos outros;
- Melhora na autoestima.
Dê um start no seu desenvolvimento pessoal
A dificuldade em abordar a Análise Transacional é que as pessoas não acreditam muito no seu aproveitamento ou que ela realmente irá funcionar. No entanto, como qualquer coisa na vida, a AT faz parte de um processo de construção.
Não vai ser do dia para a noite que você ou qualquer outra pessoa irá desenvolver o autoconhecimento e também criar uma noção sobre a atitude dos demais. Tudo isso faz parte de uma construção constante e gradativa do indivíduo.
A única coisa que você precisa para conseguir colocar a Análise Transacional em prática é o start. É preciso dar o pontapé inicial e pôr toda a teoria em funcionamento, caso contrário ela realmente não dará certo.
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